Geralmente, esses planos só começam quando o casal – ou pelo menos um deles (o homem, dizem) – ganha muito bem. É o que acontece no meu ciclo de convivência. Contrariei, ou melhor, assustei muita gente quando disse que iria me casar sem preencher esse pré-requisito. Considero irracional adiar a união porque não tenho dinheiro para passar a viver com muito mais conforto do que antes da vida de casada.
Tudo que eu tinha na época, e continuo tendo, é uma renda mensal suficiente para pagar as contas do mês com a ajuda do meu marido. O que sobra mesmo é a vontade de ficar junto, de construir uma vida a dois no sentido mais amplo da expressão. E eu não me arrependo de ter dito sim bem antes do que eu mesma previa.
Acredito que casamento não é uma divisão que marca o início de uma era financeira, que temos, por decreto, que viver com muito luxo e conforto. Para mim, é o início de uma etapa de lutas com alguém ao lado para dar apoio, dissolver os medos, dividir as alegrias e aflições. Batalhar ao lado de quem amamos, nos apóia e entende é bem menos penoso do que ficar sozinho, bordando enxovais e adiando datas.
É sim um marco, entretanto afetivo. Por isso, como toda noiva, não abri mão de dizer sim de forma bonita e com festa. Foi bem simples, porém os detalhes foram pensados cuidadosamente. Foi o suficiente para celebrar nossa alegria com os amigos e familiares. De lá para cá é isto que continuamos fazendo, comemorando cada dia que dormimos e acordamos juntos. Claro que celebramos também as conquistas profissionais, financeiras.
A rotina e o tempo deixam a certeza de que fizemos a escolha certa. Decisão digna para renovarmos os votos para agradecer as bênçãos e festejar com quem faz parte desta felicidade.
Sobre o texto
Publicado originalmente no Caderno de Noivas do Jornal Agora, no dia 30 de abril. Tinha sido escrito há tempos, mas ficou guardado até surgir o convite. Estou assim, um pouco tímida com meus textos literários, pois sou autobiográfica ao extremo e ao mesmo tempo gosto de preservar a minha vida. Mas a produção não para, aos poucos vou selecionando o que será postado e o que fica como desabafo e registro pessoal.
Publicado originalmente no Caderno de Noivas do Jornal Agora, no dia 30 de abril. Tinha sido escrito há tempos, mas ficou guardado até surgir o convite. Estou assim, um pouco tímida com meus textos literários, pois sou autobiográfica ao extremo e ao mesmo tempo gosto de preservar a minha vida. Mas a produção não para, aos poucos vou selecionando o que será postado e o que fica como desabafo e registro pessoal.
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